O mais estranho, é que, por estes dia, o ano passado, estava exactamente como estou agora.

Não há nada de estranho, francamente, acho que o que existe é mesmo só a verdade. Tal como antes.

Como hoje sei que contrariamente ao ano passado, ninguém me lerá (faz alguma diferença quando se escreve?), posso dizer que além da verdade que me faz hoje sentir exactamente como antes, tenho a acrescentar que também é verdade que tudo passa, ficando. E é estranho. Hoje falei com o "motorista de paris" e encontrei o francisco do liceu. Sorri, ao mesmo tempo que senti o quanto as coisas mudaram, desde o motorista e desde o francisco e chorei para dentro, porque no fundo, não mudaram assim tanto à minha volta. Só consigo andar mais confortável com tudo, e de certo modo, à maneira de quem anda sozinho, feliz.